Em 2008, eu liderava em torno de 250 pessoas no Jobs CRM, um setor de Contact Center Ativo que cuidava de várias ações de Relacionamento de uma grande operadora de Telefonia.

Era uma operação complexa: cheguei a ter 13 ações diferentes pra gerenciar em 100 PAs (Postos de Atendimento). Algumas com pressão de Vendas, outras com pressão de Backoffice, outras com fundo mais de Relacionamento.

Entre minhas 8 Supervisoras eu tinha Thamara Gorgulho com a equipe mais complexa. Dessas 13 ações, Thamara cuidava de 2 ou 3.

Dinâmica, inquieta, energética, Thamara tinha a rara capacidade de implantar rapidamente uma ação (criar marcações no tabulador, extrair dados, operacionalizar, explicar a seu ótimo time) e dar retorno rápido e consultivo ao contratante.

Um belo dia veio a triste notícia que o Jobs CRM acabaria e seria substituído por um Televendas com muita pressão por resultado. Como Thamara não tinha Vendas como seu forte, não a escolhi para meu novo time. E ela foi para outro setor: o atendimento Receptivo, indo trabalhar em horários bem mais desconfortáveis.

Thamara ficou decepcionada comigo, pois era um de meus braços direitos. Com aperto no coração, escolhi líderes com mais facilidade em Vendas.

E ERREI! Porque o comprometimento de Thamara e sua postura inquieta poderiam ser elementos que a fizesse desenvolver as competências necessárias em Vendas.

O travesseiro me cobrou muito pelo meu erro e poucos meses depois, tanto eu quanto Thamara fomos para desafios profissionais diferentes.

Hoje, ela empresta seu talento à área da Saúde e um dia quero reencontrá-la pessoalmente para, num abraço sincero, pedir desculpas pelo meu erro como líder!

 

RESUMINDO: não se abre mão de gente com talentos raros e de confiança!

 

E você? Se arrependeu fortemente de uma decisão?

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